terça-feira, 18 de maio de 2010

O Portão




O dia chegava como sempre nas manhãs de Setembro, a rotina na casa de Diogo também. Levantar às 7:00 h. Um banho, um rápido café e sair para o trabalho, quase sempre atrasado.
Fazia parte da rotina, passar pelo casarão amarelo da rua calma que leva ao trem. Ali, quase sempre, Diogo encontra saindo aquela mulher em seu carro branco, séria, de cabelos presos, olhar profundo, deixando sempre o portão aberto. No casarão, do bairro calmo daquela rua, ela, parecia morar, só, pois, Diogo nunca via ninguém mais com ela, tanto nos jardins como no carro.
No trem, pensava quem seria aquela mulher tão estranha, tão solitária!
Ao voltar encontrou uma diferença, a casa, pela primeira vez, mostrava luzes no andar superior e, o carro desta vez estava do lado de fora da garagem. Diogo não deu muita atenção e se dirigiu para casa, ao chegar, encontrou sua irmã na cozinha.
- Boa Noite Sandra!
- Oi, Diogo, que surpresa, você por aqui hoje!
- Realmente, quase não nos víamos à noite não é?
- Quer um café, acabei de fazer?
- Sim!... E quero aproveitar para te fazer uma pergunta!
- Estou as ordens mano, qual é o problema?
- Você já viu aquela mulher do casarão amarelo?
- Só uma vez, acho! Porquê?
- Nada, apenas achei que você a conhecesse!
- Lembro que ela estava com o carro parado e passava para o banco traseiro uma espécie de chicote!...Só o que eu vi, é o que sei dela!
- Um chicote?
- Exatamente, chamou minha atenção, pois era muito bonito, todo preto e lustroso!
- Para que ela teria um chicote no carro?
- Sei lá, talvez para domar um leão por aí!
- Leão?
- Pode ser, um artesanato qualquer, Diogo, nada de especial!

Mais tarde, Diogo pensou muito no que sua irmã havia dito, mas, não achava explicações e como mais curioso ficava, resolveu coincidir o mais possível seus horários com os da saída dela, pelo portão onde ela sempre saia com o carro. Mas o resultado não estava sendo muito bom, o máximo que conseguia, era um rápido olhar, pois sempre que tinha a oportunidade de vê-la de nada adiantava, pois, ela nunca parava para fechar o portão.
Semanas mais tarde, num sábado, foi então surpreendido ao ver então algo novo acontecer. Um carro estranho, passa pelo portão em direção a casa.
Na porta central da casa, desce um homem, ele para e aguarda até entrar. O carro fica ali e Diogo então pensa em sair, mas resolve aguardar.
A noite estava chegando, e várias perguntas passavam na cabeça de Diogo: Quem seria? Um namorado? Um parente? Como estava disposto a xeretar a vida da mulher, desistiu de sair dali.
Minutos depois, já inquieto não resistindo mais, resolveu invadir a propriedade furtivamente. Ao passar por vários arbustos, chegou até uma das paredes laterais da casa, onde se colocou de costas para escutar.
Ao notar vozes ao fundo numa das janelas, fui cautelosamente até essa janela. Foi então que se surpreendeu com o que passou a ouvir.
A mulher insultava e xingava alguém lá dentro e, esse alguém, só podia ser o homem que, havia entrado lá, pensou Diogo. Repetidos estalos eram ouvidos também e ela, continuava a falar em voz alta e de forma autoritária.
Diogo não entendendo nada, virou-se de frente para a janela procurando uma forma de ver, o que estava ocorrendo. Uma pequena fresta, na veneziana então possibilitou que algo pudesse ser visto. Quando Diogo se deparou com a primeira imagem, não creditou no que estava vendo.
O homem estava totalmente nu, algemado com as mãos para trás, ajoelhado, voltado com o rosto junto ao chão apanhava continuamente daquela mulher. A mulher também, quase nua, andava em torno dele apenas vestindo um casacão preto, com botas e corpete também preto, deixando os seios nus e sem a calcinha.
Nas mãos, trazia, na direita, um relho, que não cansava de bater na bunda do coitado, e na outra, uma correia com correntes. Mesmo incrédulo, entendeu o que tanto ele lambia no chão. Ela por sua vez voltou a falar muito:
- Você está fazendo de propósito não é seu cachorro?
- Mandei você lamber direito, você é surdo seu animal?
- Se não, deixasse pingar pelo chão todo, não ia sofrer tanto. Mas, não sabe se quer tomar o meu xixi direito!
- Vamos rápido, não tenho a noite toda pra você!
- Vamos, aqui também...Ali...

Lá fora, Diogo tremia cada vez que ela levantava o relho e açoitava as nádegas e coxas do homem que, se contorcia, mesmo, fazendo tudo o que ela mandava. Logo, ela pisou no pescoço dele e por várias vezes bateu, bateu até ele cair de lado no chão.
Ao sair, pegou a calcinha e maldosamente apertou próximo ao chão, fazendo cair novas gotas de urina aqui e ali e novamente o chamou.
- Tu gosta de apanhar mesmo, não é?
- Olha aqui seu canalha está cheio de xixi aqui!
- O que tu estás fazendo, que não limpou isso direito? Vem aqui de uma vez!
- Vai apanhar, até eu não ver mais uma gotinha!
- Vamos lambe tudo. Rápido!

Diogo pensava: que maldade! Ele já havia limpado tudo e, ela sé pelo prazer de bater nele, derramou mais! Ele, por sua vez, continuou a lamber o chão, catando gota a gota, até que, levantou a cabeça ao fazer isso ela deu-lhe uma bofetada dizendo:
- Quem mandou levantar?
- Perdão Senhora, é que está doendo muito!
- Você acha que esse brinquedinho dói?
- Não seja ridículo, lá no salão sim, você vai sentir dor... o que é dor!
- Vamos, continua limpando isso direito, pois, logo, logo. Você vai lá pra cima!
- Sim Senhora!
Diogo já excitado, mas, paralisado de medo, olhava para a mulher semi nua trazendo novamente a calcinha na mão, balançando-a no rosto do homem, abriu as pernas na altura de sua boca, onde deu uma ordem!
- Olhe pra mim...Está vendo bem o que tenho pra você?
- Quero que ponha a língua, veja bem. Só a língua! Bem aqui, e bem gostoso!
- Bem gostoso, e com muito jeitinho, como te ensinei!
- Bom, muito bom, continua...isso...!
- Mais um pouquinho não me desaponte agora vai...!
- Muito bem, chega! Isso foi um pequeno recreio meu cachorrinho!
- Agora, vai terminar com o restinho que ficou na minha calcinha.
- Abre a boca! Isso...suga direitinho e fica com ela até eu resolver tirá-la!
- Outra coisa, já está novamente esquecendo, que eu não gosto, que fique excitado na minha frente!
- Vai logo baixando este pinto inútil, senão vai perdê-lo.
- Agora vai lá pra cima, bem quietinho e de joelhos!
- Quando eu subir não quero te ver mais assim! Senão vai se arrepender de ter um pinto!
Ao se afastarem na sala, Diogo sentou-se para descansar enquanto pensado no que fazer, ia embora ou, ficar até o final daquela loucura? Por outro lado, se notava excitado, mas não aceitava o fato de estar assim. E isso o deixava mais perturbado ainda.
Afastando-se da casa, esperou para ver onde as luzes se mostraram. Feito isso, procurou então uma maneira de subir até lá. A escada que esperava encontrar estava pendurada numa parreira, ao pegar notou dois degraus quebrados mas tinha de servir, pensou!
Escolheu então, uma das três janelas que estavam iluminadas e subiu. Lá, devido a sacada de cada janela, podia ficar mais a vontade e descobriu que a janela não estava fechada, proporcionando uma visão vertical fina, mas eficiente para o propósito.
Eis que, a primeira imagem foi a do pobre homem quase de costas pra a janela, sendo, algemado em forma de y deixando de pé. Suas nádegas estavam bastante machucadas das chicotadas que havia recebido lá em baixo. Ela estava sem o casacão e encantadora ao caminhar nua praticamente.
Diogo não tirava os olhos dela, e ofegante ao vê-la agora sem a calcinha deixando, quando de costas, transparecer tão belas nádegas. Mal reparou no ambiente cercado de instrumentos de tortura, corrente, chicotes, cangas, e uma infinidade de objetos aterrorizantes, um verdadeiro arsenal digno de inquisição.
E foi seguindo com os olhos as nádegas da mulher. E de repente, viu quando ela foi até uma das paredes, onde deslizou a mão por várias e esquisitas varas, penduradas por um prego. Escolheu uma. Depois escolheu um longo chicote que parecia ter uns bons três metros, trazendo-o até ele.
Deixou o chicote no balcão, e veio até ele apenas com a vara, e com ela ergueu o queixo dele perguntando se estava confortável, e continuou com mais perguntas:
- Chegou a hora de continuarmos a nossa conversinha, não é?
- Pode cuspir agora essa calcinha, já deve estar toda babada mesmo!
- Sabe porque está aqui hoje?
Ele respondeu:
- Sim Senhora!
- Que bom, então não preciso repetir?
- Não Senhora.
- Sabe também que tipo de coisas vai acontecer contigo?
- Não Senhora, eu imagino Senhora, apenas imagino!
- Imagina mesmo? Tenho minhas dúvidas!

Diogo, transpirando, viu quando ela deu início a uma humilhante cena. Ela passou a colocar a vara rente ao ânus do homem, futricando num sobe e desce, parando as vezes no orifício anal.
- Está gostando? É bom sentir a varinha aí?
- Te dá tesão sentir ela roçando na tua bundinha?
- Ou você prefere algo mais devastador?
- Te fiz uma pergunta, seu cachorro!
- Não, Senhora, por favor não faça isso comigo!
- Relaxe, não vou correr o risco de você gostar.
- E hoje você está aqui só para ser punido, e muito!

Sem falar nada, ela curvou-se dando-lhe uma varada com toda a força na sua bunda, que imediatamente deixou um risco escuro, quase sangrando. O que fez o coitado gritar. Diogo não imaginava que aquela estranha vara pudesse ser tão cruel com a carne, deixando uma marca tão forte!
- Assim é mais gostoso, seu Jarbas?
- Sim... Sim, Senhora!
- Então posso repetir... umas quarenta vezes?
- Não, por favor... quarenta não!
- Bem, e sobre esse seu pinto sujo, o que você me prometeu na última vez?
- Eu sei, Senhora, mas é difícil, eu não consigo!
- Não sei mais o que fazer contigo. Acho que só colocando aquele arreio de espinhos vai manter esse pinto no lugar, ou vou baixá-los a chicotadas, o que você acha?
- Por favor, Senhora. Não chicoteie o meu pinto! Ponha os espinhos então, por favor!
- Agora cala essa boca e segura a minha vara, enquanto vou providenciar uma coisinha pra você.

Diogo não agüentava mais ver o quanto suportava aquele homem, mas iria ter que agüentar, pois ela estava disposta a continuar ainda batendo nele. Como ele agüentava tudo quieto?
Desta vez ela queria os pés dele, pois estava amarrando-os e iniciou a suspendê-los para trás através de uma corda presa no teto que, ao comando de uma catraca, ia levantando ele lentamente. Os pés do homem então estavam com a planta para cima, voltadas para ela. Então ela volta retirando a vara da boca dele sorrindo:
- Sabia que suas patinhas são bem branquinhas, mas logo, logo, vão mudar de cor?
- Já apanhou aqui, cachorrinho?
- Você não imagina o desespero que causa esse tipo de dor! É diferente, esta dor educa, pós gradua o corpo, enobrece a própria dor!
- Depois dela, será um novo homem!

Diogo, nulo de ação, fechou os olhos ao vê-la dar a primeira e violenta varada. Ele urrou desesperadamente, se erguendo ao tentar fugir. Com a vara sobre os ombros, aguardava ele se recompor. Logo aplicou o segundo golpe, tão ou mais violento do que o primeiro.
Aquele ritual foi rigorosamente seguido da mesma forma até a oitava e última varada. Ele continuava gemendo, contraindo-se em desespero, à procura de fôlego para não desmaiar. Ela, calmamente parou em sua frente dizendo:
- O que houve? Não vá desmaiar agora!
- Justamente na melhor parte, seria um desperdício!
- Eu não tenho idéia da dor que você está sentindo, mas deve ser imensa, pois você está branco como cera, deve ter sido a minha eficiência!
- Respire cachorrinho, pois o meu show ainda não acabou!
- Que pena que você não possa ver os lindos desenhos que deixei em suas patinhas!
- Viu como sai caro ficar excitado na minha frente?
- Já descansou? Posso ir para o próximo castigo?
- Mas Senhora!
- Como assim? Esqueceu do chicote? Ele ainda não foi usado, e faz parte do que você ainda me deve!
- O portão, Senhora!
- Exatamente, você sabia que iria apanhar por não fechar o maldito portão!
- Por favor, Senhora, eu achei...
- Cala essa boca! Eu avisei que, se ao vir aqui, você não fechasse o portão, iria pagar caro!
- Quero fechar a minha noite com chave de ouro, botar toda a minha tesão pra fora, rasgando as suas costas com o meu chicote predileto!
- Outra coisa, hoje você não vai se preocupar em contá-las, eu mesma cuidarei disso.
- Porém, meu caro... Não espere menos de vinte, pois vou me concentrar na qualidade, e não na quantidade!

Diogo não acreditava que o pobre ainda iria apanhar mais, como podia ser tão cruel aquela mulher, mesmo ali, tão bela, tão nua, podia ser assim, tão sádica? Ela foi até o balcão onde estava o chicote e caminhou para o fundo da sala, desenrolando-o procurou a distância certa. Logo puxou para trás e açoitou-lhe pela primeira vez. O homem soltou um grito curto, jogando a cabeça para trás.
O assovio do segundo golpe foi rápido e invisível como o primeiro. Nas costas dele já ficavam dois riscos brilhantes de sangue que vertia aos poucos. Mais uma chicotada estalava nas costas do pobre, que pendurado mal podia se esquivar.
Outra e outra, iam se depositando riscos desencontrados, criando desenhos horríveis em suas costas. A cada chicotada que ela ia aplicando, mudava a posição do braço, por sobre a cabeça, lateralmente, se abaixando, sempre criando uma nova maneira de atingir o chicote na pele.
O coitado já estava totalmente esfolado, mas ela não parecia querer acabar com aquilo. Seus gemidos já eram constantes, seu corpo tremia de dor e o sangue também aparecia bem mais do que no início.
Logo Diogo notou que ela agora açoitava também as nádegas e as coxas já machucadas da outra surra anterior. E ali, também fez golpe a golpe renascer o sangue que não havia ainda saído da pele. Então, por um momento parou por alguns segundos se aproximando dele, observou de perto e voltou dando-lhe mais três chicotadas, parando então.
Logo deu início ao trabalho de retirá-lo dali, que pendurado já não deixava ouvir os gemidos e quase imóvel, parecendo um pendulo, foi cautelosamente colocado no chão. Ao lado dele ainda estava o chicote, que tantos ferimentos lhe havia causado.
Em pé, ao lado dele, encostou uma das pernas, levando até a boca dele a ponta da bota, dizendo:
- Beije minhas botas!
- Está sem força, meu cãozinho?

Ele passou a lamber e beijar as botas dela com dificuldade. O fazia inclusive na sola e na ponta do salto. Nesse momento, ela se abaixa levando a mão até o seu pinto e passa a acariciá-lo carinhosamente. Não demora muito e ele solta um gemido, desta vez não de dor, mas de prazer, ao ejacular como um animal liberto.
Ela levanta sorrindo e vai até o balcão onde pega duas pequenas toalhas, com uma limpa suas mãos sujas de esperma, a outra dá a ele dizendo:
- Não tome isso como um prêmio, mas como uma pequena gentileza da tua Dona.
- Obrigado, Senhora. Muito obrigado mesmo! Eu nem merecia.
- Muito bem, deixe-me ajudá-lo a levantar. Vai ter que se apoiar em mim, pois seus pés estão muito machucados.
- Terá que caminhar sobre os calcanhares, será menos doloroso. Vamos descer, vou ajudá-lo a se vestir e levá-lo em casa, você não vai poder dirigir assim.

Lá fora, Diogo já cansado resolve sair logo dali. Recolhe a escada e sai rápido. Ao chegar em casa, vê que o tempo havia passado rápido, tinha ficado lá por mais de três horas. Como já era muito tarde, tentou dormir... tentou...

Finalmente a segunda feira chega, e Diogo aflito sai para o trabalho com a expectativa de ver a mulher. Parecendo combinado, lá estava o carro dela descendo a rampa do jardim. Diogo dá a preferência pra ela no portão, e ela surpreendentemente o cumprimenta, ao passar o carro por ele. Ele nota sua saia puxada pra cima, que abrilhantava ainda mais suas belas coxas. Vê também o chicote que sua irmã havia comentado, era realmente bonito, mas não menos doloroso. Parecia estar ali de propósito, para ser visto e almejado. Eis que, repentinamente, ela para o carro chamando Diogo:
- Oi! Você me faria uma gentileza?
- Sim, pode falar, Senhora.
- Você não se importa de puxar o portão pra mim?
- O portão? Sim... Claro... Pode deixar!
- Qual seu nome?
- Diogo.
- Obrigada, Diogo. Vou ficar lhe devendo essa!
- Que isso! Não é nada!
- Bem... Então tchau!
- Tchau!

Ao caminhar, Diogo pensava, incrédulo, sobre o portão que sempre ficou aberto. E pelo qual tanto apanhou aquele homem, e agora, justamente ele o fecha. E por outro lado, lá ia aquela mulher, levando o nome dele e sem deixar ele saber o dela. Para Diogo, poderia estar ali uma porta se abrindo. Poderia.
Mas, com certeza, do portão ele não esqueceria.

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