terça-feira, 18 de maio de 2010

Resort




Pelo seu brilhantismo recebera o prêmio oferecido pela empresa... três dias no melhor Resort da região... com acompanhante...
Com alegria comunicara ao seu Mestre o premio recebido, ao passo que o convidava para acompanhá-la e pedia autorização para desfrutar o prêmio...
Recebeu a devida autorização, e a notícia de que ele somente poderia encontrar-se com ela no domingo, último dia...

Assim, na sexta feira ela se foi... instalou-se e aproveitou todas as delícias que o local oferecia... massagens, limpeza de pele, manicure, sauna, cabeleireiro, ginástica, banho de lama... sol, piscina, boutique... tudo... todas as delícias que transformam qualquer gata borralheira em princesa...
Passou o dia ocupadíssima, cuidando da propriedade do Mestre, mais pelo ego que pela necessidade, já que era belíssima, "um belíssimo espécime" como ele mesmo dizia... Mesmo parecendo estar em cenário hollywoodiano, glamour, luxo, riqueza, a falta daquele que ela mais amava lhe consumia... Naquela noite se sentiu só... adormeceu chorando...

... estava imóvel como lhe fora ordenado que ficasse... nada lhe prendia, nenhuma corda, nenhuma corrente, nem mesmo sua coleira estava nela... mas não ousava mover um músculo sequer além dos necessários à respiração... estava de olhos fechados, deitada sobre o catre, e apesar do silêncio ensurdecedor do quarto, sentia a presença do seu Mestre nela, como seu sangue correndo em suas veias...
Ouviu diversos sons conhecidos... tilintar das algemas, o riscar do fósforo... as correntes sendo trocadas de lugar... papel sendo rasgado como se desembrulhasse algo... sua mente agitada... pensamentos enlouquecidos... mas tinha de se controlar... só tinha autorização para respirar normalmente... sentiu que estava sendo trocada de posição... parecia ela uma boneca, inerte... e sentiu uma dor profunda quando foi erguida da cama pelos cabelos... cometeu um erro... ajudou-se a levantar... prontamente foi punida com um tapa na cara e uma ordem ríspida...
- Nenhum movimento mais, eu comando você minha vadia!
E se deixou cair... inerte novamente... sentia sua face queimar, mas nada podia fazer... Ele pegou-a no colo e ela sentiu o carinho todo que ele nutria por ela naquele instante... acariciou-a docemente por longo tempo, como quem avalia cuidadosamente uma jóia rara... Ela sentiu depois que ele a levava a algum lugar... onde seria???? Sentiu um arrepio que bravamente tentou se controlar quando o calor do corpo dele foi trocado pela madeira gelada daquele enorme X que lhe causava tanta dor e prazer............
Ele a mantinha de pé, usando o próprio corpo para segurá-la, enquanto amarrava-a ao seu local de tortura..... prendeu-lhe as mãos e afastou-se dela........... ela soltou seu corpo e sentiu um dor profunda em seus braços, como se lhe fossem ser arrancados..... mas não ousou mover um músculo mais sequer..... ouviu então a ordem.....
- Em pé e com as pernas abertas.
Prontamente atendeu-o. De pé, sentiu aliviar o peso de seus braços........ mas logo sentiu suas pernas serem presas firmemente ao X, e a coleira sendo colocada em seu pescoço. Sentiu que a guia era presa em algo no teto, mantendo-a totalmente ereta,..... seus músculos que antes foram obrigados a ficarem completamente relaxados estavam agora extremamente tesos.... e permanecia de olhos fechados....... começava a arfar.... sentiu a mão forte dele em seus cabelos e a deliciosa boca dele colada na sua... invadindo-a.... a língua exploradora lhe deixando louca..... quando ele afastou-se ela permaneceu com a boca entreaberta, querendo mais..... sentiu, como só ela sentia, quando ele com seu riso sádico lhe dizia:
-Querias algo em sua boca cadela?? Sou generoso... terás!!! e colocava-lhe gagball......
Afastou-se dela por um longo tempo... O silêncio gritava aos ouvidos dela.... em certo momento sentiu o cheiro do perfume dele.... seu medo aumentou... aquele perfume ele só usava quando iria sair de casa........ será que ele a deixaria lá??? por quanto tempo???? Seus músculos agüentariam???? seus pensamentos, seus medos... seu pavor.... sua confiança... seu desejo... sua submissão, tudo misturado... revolução..... ouviu a porta bater sem uma palavra ser dita..... silêncio mortal....... lágrimas rolaram de seus olhos cerrados..... ousou respirar mais fundo e se recompor..... Ele nada faria que a machucasse.... jamais agira inconseqüentemente.... não seria naquele momento... buscou a paz....... e assim ficou..........crente que estava sozinha entoava mentalmente a canção deles....... esboçou um sorriso...... tímido, quase imperceptível.....
Assustou-se ao sentir o chicote lhe queimando as pernas, e abriu os olhos..... assustada..... viu a sua frente seu Mestre, que em nenhum momento saíra do quarto, com um sorriso nos lábios e olhar penetrante........ mais uma chibatada... ela volta a fechar os olhos.... ouve o riso dele quando desamarra as mãos dela e a ordena que as ponha no chão......... mas a guia continua presa ao teto.... impossível obedecer............ ele solta a guia do teto e prende-a no chão...... ela ali, dobrada..... se sente única.... o chicote lhe queima as costas como línguas de fogo....... e ela geme..... sente seu gozo se aproximar..... e geme.... Ao perceber que ela está perto do clímax, cessa o chicote... solta as amarras e a abraça....
-Minha pequena.... como me dás prazer......
A conduz até a cama e a deita....... beija-a doce e calmamente........ e a nina até que adormeça.......... ao acordar....... ela vê ao seu lado uma rosa........

Ao acordar... com os olhos inchados de tanto chorar...... percebe que está só....... mas seu coração está puro..... sua alma tranqüila..... mesmo triste sorri...... seu sonho fora praticamente real.......
Pela manhã decidira caminhar pela praia..... vestira seu maiô e a canga, e saíra descalça a caminhar..... era cedo, o sol nascido há pouco aquecia lentamente se coração.... saudades.... como ele lhe fazia falta....
Andou, andou, andou, sem pressa..... perdera a noção do tempo e da distância.... nem percebera o quanto se afastara do hotel, nada via ao seu redor além das maravilhas da natureza e o límpido azul do mar, que lhe agraciava com a sinfonia do vai e vêm das ondas... vislumbrou uma cabana abandonada.... sua curiosidade lhe impulsionou até ela, em busca de água fresca.... empurrou a porta e pode ver uma cabana há muito desabitada, mas com certo conforto e apesar da simplicidade, simpaticamente mobiliada..... sua mente viajou....
Hummmmm seria só tirar o pó... que local agradabilíssimo... pena estar só... sorriu sozinha..... abriu a janela, bateu o pó de uma cadeira, e foi beber água que permanentemente corria da fonte diretamente encanada com bambus até a rústica pia....
Assustou-se com o barulho da porta fechando e ao virar-se sentiu sua face queimando com um tapa....
- Minha vadia!!! Correndo risco desnecessário???? E se não fosse eu a lhe seguir????
Num misto de surpresa e alegria, as lágrimas lhe escorreram pela face, enquanto ela ajoelhava-se diante dele... Ele ergueu-a pelos cabelos, beijou seu rosto secando as lágrimas e observando cada centímetro de seu corpo. O brilho em seus olhos transparecia a aprovação pelos resultados do tratamento de beleza do dia anterior... Acariciou seu rosto, percebendo o frescor de sua pele.... o brilho de seus cabelos realçados pela réstia de sol que entrava pela janela...a maciez de sua pele.... as unhas perfeitas.... a vivacidade e beleza natural realçadas pelos olhos brilhantes e arregalados devido à deliciosa surpresa.....
- Minha cadela, minha mulher...... - disse ele antes de beijá-la longa e ardorosamente....
Com um movimento só, arrancou-lhe a canga da cintura e delicadamente despiu-a do maiô.... nua, ele pode comprovar que realmente cada centímetro da pele dela estava esplendoroso... Ela arfava... sentia seu sexo molhado.. ele a excitava pela simples presença....
- Fique de quatro minha cadelinha..... - ordenou o Mestre.
Ela, pronta e languidamente obedeceu, movendo-se com toda a sensualidade que possuía e emanava de seus poros naquele momento.... ela sabia que isso o excitava.... A rústica vara de pescar, caprichosamente deixada na cabana pelo pescador inspirou ao Mestre.... levemente passava-a pelas costas.... pernas, seios... braços... sexo dela, deixando-a enlouquecida..... ela se contorcia e seu prazer lhe inundava sua bucetinha....
Slap!
O som que a vara fazia antes de atingir-lhe as costas... os seios.... a bunda... o sexo....
Hummmmmmmm!
O gemido de prazer que seguia a cada movimento....
De súbito ele para, larga a vara e beija, lambe, suga, cada marca deixada pela vara no corpo da cadela, da mulher amada.... ela vai à loucura....
Ela ainda está na mesma posição... ele abraça-a pelas costas, beijando-a.... agarra seus cabelos e ela se contorce revelando sua lascívia e sensualidade.
Ele, enlouquecido com o que vê, revolvido pelo prazer que ela lhe proporciona, introduz firme e em movimento único seu enorme membro rijo no rabo dela........ e delira......... que momento sublime...... gozam juntos em pouco tempo......
Aninham-se em um abraço caloroso e ficam curtindo um ao outro por longo tempo.......
Perdidos da noção do tempo amam-se de todas as formas até próximos a exaustão.... adormecem e quando acordam percebem que é hora de retornarem ao hotel..... andam movidos pela fome e consumidos pela paixão....
No quarto, ela lava-o com carinho e paixão, usando seu corpo, suas mãos e boca.... seca-o e veste-o com muito apreço e carinho... prepara-lhe uma bebida, para que ele relaxe enquanto ela se produz...
Por sentir-se maravilhosa, em poucos minutos está pronta.... belíssima em seu vestido branco de seda transparente, maquiagem leve... e sandálias de salto alto finíssimos.... e para ornar todo o conjunto.... a coleira dourada com as iniciais dele gravada......
- Perfeita..... - disse Ele enquanto lhe desferia um forte tapa na bunda que quase lhe fez perder a fome....
Jantaram deliciosamente, depois foram dançar..... naquele momento mágico eram só eles no salão... ninguém ousava acompanhá-los.... percebiam o brilho que emanava deles..... a energia, o tesão, o amor, a perfeição com que se completavam tomava conta do ambiente....
Mais tarde, no elevador quando retornavam ao quarto ele lhe disse a palavra mágica.........
Ao entrarem no quarto, enquanto ele fechava a porta, ela despiu-se, permanecendo de coleira e ajoelhou-se aos pés dele..... ele lhe afagou a coleira, pôs a guia e disse:
- Vamos minha cadelinha.... lá no quarto... seu tapete está estendido....
E ela foi.... e graciosamente deitou-se no tapete felpudo aos pés da cama.... e lá permaneceu até que ele lhe chamasse.....
- Vem cá minha pequena cadelinha..... vem brincar aqui comigo....
Dizia ele, deitado nu, batendo a mão na cama.... e ela num salto, como uma cadela feliz... atirou-se na cama e deu-lhe a barriga para ser acariciada.... brincaram por alguns minutos.... felizes.... absortos.... ela devolvendo os carinhos recebidos com lambeijos e balançando o rabinho como uma cadela feliz....... beijava e lambia as mãos dele, os braços, o rosto, seu peito, suas pernas, pés, até chegar ao seu sexo....... atirou-se com volúpia ao membro ereto dele, e o engoliu..... Ele extasiado lhe fitava....... ambos sorriam, seus olhos brilhavam.... ele ordena:
- Minha pequena cadelinha, busque os brinquedinhos...
E ela foi, e trouxe, um a um com a boca... as algemas, as cordas, a gagball, a coleira, as correntes, os afastadores, os clamps de seios... a venda.... as correntes... a cada entrega, um beijo e um tapa no traseiro... e ela ia vinha correndo, tal qual uma cadela feliz... brincava a cada entrega, resistindo, balançando a cabeça, fazendo força.... e ele feliz, gargalhava com a situação a qual se entregara sua pequena...
- Minha cadelinha amada.... - e mais um afago no pescoço....
Todos os brinquedos entregues e ela se coloca, sentadinha sobre as patinhas, resfolegando pelos exercícios...
- Vem cá....
E ela vai.... e sobre a cama ele começa a paramentá-la..... de quatro ele a algema, imobiliza, amordaça, venda.... de maneira que força seu corpo e sobre pouco espaço para ela se contorcer com o queimar da chibata....
Ele se delicia...... a bunda dela ficando vermelha...... sua macia cadelinha, de bundinha vermelha.... que cena maravilhosa.... passa a mão contornando os vergões deixados pelo chicote, como um escultor admirando sua obra..... beija cada marca, sentindo em seus lábios o calor da bundinha dela.....
Põe a mão na bucetinha dela e percebe sua inundação......... como ela é deliciosa......... retira a gagball para ouvir os gemidos dela...... hummmmmmm que sinfonia maravilhosa....... aquele rabinho, deliciosamente vermelho.... ao seu dispor.... que delícia......... um dedo seu brinca com o cuzinho dela...... ela tenta se mexer........ rebolar...... impossível....... as amarras estão bem presas........ mas ele quer vê-la mover-se........ desamarra-a parcialmente.... e ela dança......... balança o rabinho feliz.... seu gozo está próximo...... ele então encaixa seu membro na bucetinha dela e freneticamente a possui......... enlouquecido pelo inebriante estado de sensualidade e prazer quase encontram..... soltam-se todos os gritos calados...... proferem-se todas as juras de amor imaginadas..... e na comunhão das almas chegam ao êxtase.....
Ele a liberta, a beija, a abraça forte e a mantém junto a si........ colados.... o mais próximo possível um do outro.... olham-se com ternura e certeza de que se completam..... em uníssono, mas sem haverem combinado, dizem-se: EU TE AMO! .....
Beijam-se ardorosamente e se amam de todas as formas possíveis............... e olha que o domingo estava só começando...................

A Sagração




A hora chegou.

Você não é uma menina, é uma mulher madura, mas esta será sua primeira experiência real por estas sendas.

Há muito tempo que flertava com esse mundo. Entrava em chats, conhecia gente, mas apenas virtualmente. No início era só curiosidade. Esta curiosidade parecia ser uma lanterna. Iluminava partes de um túnel cheio de mistérios. Mistérios que te convidavam...

Cada vez mais, você queria ir mais longe, fazer mais descobertas sobre esse caminho e onde ele te poderia levar.

Descobertas sobre um mundo novo de sensualidade. Descobertas sobre você mesma. Sentia que dentro de você, havia uma outra mulher querendo vir à tona.

Até que o conheceu, certa feita, num chat.

Cavalheiro maduro, seguro em sua forma de se apresentar, culto, experiente. E acima de tudo, confiável.

Ele te disse que não teriam nomes. Não viveriam um namoro, um caso. Não seriam amantes. Se ocorresse, seria algo diverso.

Para você, ele seria Teu SENHOR.

Você aceitou as condições.

Depois de muitas conversas, com direito a muitas ousadias virtuais, na net e ao telefone, houve um encontro formal. Finalmente os olhos nos olhos e você estava rendendo-se.

Sentiu que queria se entregar a ele. Prometeu servi-lo incondicionalmente.

Arranjos começaram a ser tratados, até que um dia Teu SENHOR te ligou e te passou o endereço da casa de campo.

Ele riu muito ao telefone vendo tua reação quando te passou a safeword, caso você quisesse desistir no meio da sessão: Biblioteca.

- Biblioteca?!...Você estranha.
- Sim, querida. Ninguém vai dizer essa palavra quando estiver morrendo de tesão... – disse ele as gargalhadas...
- Mas se você a disser, paramos tudo. Saberemos que você ultrapassou seus limites e abortaremos a sessão. Mas saiba que então, perderá sua vaga...

Você estava mais que disposta a ir até o fim. Já havia testado várias situações nas conversas pela net e pelo telefone. Todas elas te excitaram, todas te criaram o desejo de vivê-las de verdade.

Se bem que os verbos no plural da última frase dele te intrigaram...

Domingo à tarde, toma a estrada. Seguindo as instruções pega uma variante de terra, roda mais alguns quilômetros e encontra a casa. Fica recuada da estradinha, protegida por uma barreira de árvores que a escondem quase que totalmente. Passa pela porteira que estava aberta e estranha não ver lá o carro de Teu SENHOR.

Parece haver movimento lá dentro, bate à porta e esta logo se abre. Para sua surpresa, surgem duas mulheres. Uma de cabelos alourados, sugerindo ascendência germânica, outra negra. Vestem-se com simplicidade, pouca maquiagem, mas nota que têm corpos bem proporcionados.

Elas notam sua surpresa. Mas nada te dizem, exceto te informar que Teu SENHOR logo virá.

- O Mordomo já informou que está a caminho. Nesse meio tempo, tudo será preparado... - informa a “germânica”...

Mordomo? Isso novamente te intriga...

Te deixam só na sala. Voltam meia hora depois. Haviam se maquiado e vestiam agora túnicas de um tecido violeta, totalmente transparente que nada escondia de sua nudez. Estão realmente bonitas.

Te levam a um quarto e sem te dar informações te despem totalmente. Apenas te lembram de tempos em tempos de que sempre poderá usar tua safeword e abortar a sessão. Você não o faz.

Você se cala, deixa o barco correr. Nua, deixa que elas te coloquem pulseiras, uma gargantilha, te maquiem. Terminada essa preparação, te levam ao espelho. O que você vê não é mais a bela e recatada mulher do cotidiano.

Tua beleza se mudou para uma sutil agressividade. Essa maquiagem te deixa fazendo parecer uma devassa. Você vive sentimentos mistos: um pouco de vergonha, outro tanto de prazer.

Aliás, muito prazer...

Um carro parece ter chegado. Ouve passos na sala, vozes. Há mais de uma pessoa. A porta do quarto se abre, o homem que você escolheu para ser Teu SENHOR entra. Você se levanta, mas ele apenas faz uma rápida saudação à distância. As duas “auxiliares” aproximam-se efusivamente dele. Ambas o beijam demoradamente na boca.

Ver isto te incomoda, desperta uma chama de ciúme. Parece que todos notam e te olham. Imediatamente controla-se. Lembra das conversas anteriores com Teu SENHOR, das condições que ele estabeleceu.

Mas tem que admitir: se houve aquela ponta de ciúme, também mexeu com você ver aquelas mulheres quase nuas esfregando-se todas naquele homem. E então se dá conta: você que sempre foi discreta nas praias, está totalmente nua na frente de pessoas que não conhece.

Gosta. Uma umidade cresce em você...

Teu SENHOR continua mais um pouco nos beijos e abraços com as duas. Você percebe que ele faz isso com a ponta dos olhos em você, como se quisesse te provocar. Decide não passar recibo. Adota – o que te toma um certo esforço... - uma postura de alheamento. Como se toda a situação de agora te fosse absolutamente normal.

Teu SENHOR inquire novamente as duas se você está pronta. Elas afirmam. Te olha bem nos olhos, daquele jeito que te inspira receio e excitação e te pergunta diretamente:

- Esta pronta, para tudo?
- Claro que...
- COMO?
- Estou pronta, SENHOR...

As duas auxiliares te levam para a sala. Mas antes disso, uma fita de seda negra é amarrada na tua cabeça, vedando a teus olhos toda e qualquer visão.

Amparada cuidadosamente, caminha pela sala até o que parece ser aquele canto em “L” cujos detalhes não conseguiu ver na sua chegada. Sente-se colocada contra uma parede.

Teus braços são erguidos, os punhos amarrados por cordas macias. Estas aparentemente são atadas a algo na parede, te fazendo ficar com os braços abertos estendido sobre tua cabeça.

Sente que as auxiliares estão agora amarrando teus pés. Outras duas mãos se intrometem entre tuas coxas, te fazendo saber que deve abri-las. Deixá-las bem abertas...

Teus pés foram atados a alguma coisa no chão que os prende, tal como os braços à parede.

Sente que agora algum tipo de óleo aromático é passado em todo teu corpo. Várias mãos o fazem, tenta, mas não consegue identificar. Viajam todo teu corpo, sem qualquer prurido em tocar tua intimidade.

As auxiliares parecem ter se afastado. Ali sem visão do que ocorre, perde um pouco o sentido do tempo. Há um intervalo de total silêncio. Podem ter sido pouco minutos. Talvez tenham sido vários.

Então, há passos atrás de você. Definitivamente masculinos. Provavelmente Teu SENHOR está vindo.

Ele para atrás de você. Tão próximo que você pode sentir o calor de seu corpo e pressentir que ele está também despido. Sente sua respiração na sua pele, viajando todo teu corpo, perscrutando cada detalhe íntimo teu.

Subitamente, as mãos de Teu SENHOR tomam teus seios. Com vigor. Apertam entre dedos os dois bicos, que de há muito estavam eriçados.

Teu SENHOR te fala num quase sussurro ao ouvido:

- Combinamos que você viria aqui para ser iniciada como minha escrava... e que essa escrava será devidamente humilhada e usada por mim. Certo?

Você engasga. Apenas assente com a cabeça. Na seqüência, uma palmada, cheia de vigor explode na tua nádega direita.

- Quando faço perguntas, exijo respostas, vagabunda...

Sente o calor na pele. É claramente perceptível que o dermografismo da tua pele acusa os dedos dele impressos nas tuas carnes.

- Sim... Sim SENHOR!...

Ele continua a te falar:

- Bonito teu nome. Mas ele só te serve no cotidiano. Aqui é inútil. Aqui, você é a apenas uma puta. Entendeu?

Antes que pudesse responder, sente um deslocamento de ar, como se um braço girasse. Uma, duas, três palmadas ainda mais fortes que a primeira vibram nas tuas carnes, à direita e esquerda. Mais outra palmada chega, até que ofegante você responde:

- Sim, meu SENHOR. Sou a tua puta...

O processo continua. Teu SENHOR te vai falando, te vai aplicando o vigor de sua disciplina. Te ensina e te exige que adote a persona que te foi estabelecida. Mais: que não apenas se pareça com ela, que aja, pense e fale dessa forma.

As perguntas – e as palmadas – se seguem. Dor? Apenas um pouco. Um clima todo novo te toma. Você se sente totalmente diferente. Sente muito prazer. Esperava por isso ansiosamente. Mas é uma sensação de prazer diferente de tudo que já vivera até agora. Parece que vem de muito dentro de você. Parece que aquela outra mulher que sempre vivera em segredo dentro de você agora dá o ar da sua graça.

Palmadas e perguntas continuam, você fala cada vez mais livremente. As palavras surgem na tua boca como se não viessem de teu cérebro.

- Isso, SENHOR querido. Me ensina a ser uma puta vagabunda. Bate mais!

A disciplina continua, até que já os gritos você diz:

- Meu SENHOR! Eu sou tua puta! Me usa de todos meios. Faz do meu corpo a residência do teu caralho. Me fode, SENHOR!...

Toma uma longa golfada de ar, na respiração arfante.

Está perplexa. Quem disse aquilo, usando naquele tom de tanta excitação palavras que você praticamente jamais usou? Era mesmo você?

Você mesmo. Uma nova você...

Sente como se tivesse saído de seu mundo e entrado nalguma outra dimensão, muito mais densa. E que nessa, algo se incorporara em você.

Está aturdida com tudo isso. Mas medo? Não...não o sente. Sente o calor na pele que recebeu as palmadas todas. E mais que isso, agora que um novo espaço de silêncio se fez, percebe que está ali, imobilizada nua com as coxas abertas, que está sendo observada por pessoas que nunca antes havia visto.

Percebe que teve um gozo que te escorre pelas pernas.

A voz de Teu SENHOR assume novamente o comando:

- Servas, mordomo: ela está pronta. Preparem a sagração definitiva!...

Mordomo? Dá-se conta de que um outro homem assistiu a tudo.

É levada pelas servas, que te soltaram. A presença de outro homem que não vê te intriga. Mas incomodaria realmente se estivesse em seu estado normal. Na ebulição dos sentidos que vive agora, o assunto parece secundário. A mulher do cotidiano talvez se chocasse. Mas ela não está aqui agora. Você adora cada momento que está vivendo.

Uma das servas te fala:

- Esta pronta para ser uma escrava e desta forma usada para o prazer de teu dono? Saiba que ele é exigente...

A outra completa:

- Você servirá sexualmente Teu SENHOR agora, sem limites. Aguardaremos um minuto para que use sua “safeword”. Ou a sessão começará...

Horas se passam, contidas no estreito universo deste minuto.

Nele, você se mantém calada. Nenhuma palavra, nenhuma safeword, só tua respiração pesada.

Mãos das servas tomam teus braços e te levam. Te fazem ficar de joelhos enquanto passos se aproximam. Sente a presença masculina de Teu SENHOR à tua frente.

As servas acariciam teus cabelos e os prendem às suas mãos. Assim dominam tua cabeça e te fazem avançar. Te fazem ter seu rosto esfregado contra a pélvis de um homem tomado de uma portentosa ereção.

- A cadela está pronta para chupá-lo, SENHOR. – a voz de uma serva informou.

Te afastam um pouco, você sente que uma delas apanhou o membro de teu dono e o faz passar no teu rosto, circundar teus lábios como se fora teu baton.

Se a mulher do cotidiano em segredo certamente saberia o que fazer agora, essa tua nova você, recém-descoberta, o faz com voracidade.

Lança-se àquele pau e o chupa com a fome de uma cadela no cio. Passa sua língua em todo seu comprimento, sente as veias que quase saltam, sente o sabor de seu homem.

Suga-o todo. Sente-se tomada pelo prazer. O prazer de dar prazer.

Segue um bom tempo nesse ritual até que ele se afasta.

Uma das servas te sussurra:

- Foi muito bem! Mas agora é tua hora de provar que sabe realmente ser uma puta. Abra-se toda!...

Te fazem novamente andar. Poucos passos e logo está em frente ao que te parece ser um tatame estendido no chão da sala.

Você é levada a subir no tatami, onde percebe que há um homem deitado, te aguardando. Te forçam a abrir as coxas e deixá-lo entre elas.

Uma serva te dá nova instrução:

- Abra bem a buceta. A penetração será imediata...

Definitivamente, as palavras não mais te assustam. Muito menos chocam. Te excitam...

Sempre dominada pelos braços, é levada a agachar-se. Surpreende-se com a acuidade que teus sentidos ganharam. Continua com a venda nos olhos, mas mesmo assim sente que pode “ver” as cenas. E dessa forma, sabe que uma das servas segura um membro rígido, aguardando tua chegada para enfiá-lo em você.

Senta-se nesse falo, cavalga-o. Uma onda de calor te toma. Estocadas profundas te penetram.

- Está gostando, não é, putinha?

Um sussurro na voz inconfundível de Teu SENHOR.

Mas um detalhe: a voz veio do lado, não de baixo...

Novamente sente as delicadas mãos das servas em teu corpo. Agora elas massageiam tuas nádegas. Sente que tua entrada mais proibida está sendo untada com algo, parece algum óleo lubrificante.

Logo as mãos se afastam e algo mais substancioso se aproxima, exige ser recebido.

Instintivamente, você tenta se afastar. Mas isso só faz o membro que já está dentro de você te penetrar mais profundamente.

Sente as mãos másculas de Teu SENHOR te prenderem pela cintura. As servas te fazem curvar-se à frente.

- A cadela está pronta para ser sodomizada, SENHOR...- relata uma serva.

Um grito sai lá de dentro de você:

- Põem tudo SENHOR! Usa tua puta louca de tesão...

Teu SENHOR imprime um novo ritmo ao evento, entrando fundo em você, enquanto o outro membro embaixo continua seu trabalho.

Ambas estocadas se tornam cada vez mais profundas. Várias mãos percorrem teu corpo. As servas sugam teus seios. Sente aquele aroma de fêmeas no cio, percebe que elas também se tocam.

Todos te chamam de puta, vadia, vagabunda, devassa...

Todos te chamam DELÍCIA...

Um clima extremamente denso tomou o ambiente. Nesse teatro, um intenso, profundo, lancinante gozo coletivo acontece.

Pontual como sempre!

Todos os dias Abel vem nessa mesma hora. Pelo menos esse foi o nome que você deu ao Bem-te-vi que diariamente se põem a cantar no galho de árvore em frente a sua janela.

Uma longa espreguiçada, ainda deitada. Levanta-se ainda meio sonâmbula. Sente-se cansada. Ao andar para a cozinha, sente o corpo tomado por dores musculares.

- Eu sabia que tinha que ir mais leve na academia... - pensa, lembrando que sempre tende a exagerar além da conta nos exercícios físicos.

O telefone toca:

- Cadê você, sumida?

Sua boa e velha amiga Luíza. Conversam um pouco e desliga. Muita coisa a fazer. Aliás, se não fosse o Abel, já teria perdido a hora.

Mas lembra que a Lu reclamou que há duas semanas não aparece na academia. Consulta a agenda e checa que teve realmente duas semanas cheias de compromissos, sem tempo sobrando para ir lá.

Um banho, veste-se e segue para o trabalho.

Aquele cansaço e aquelas dores musculares te acompanham o dia todo.

Lembranças esparsas de um sonho estranho também.

Muito estranho. Mas instigante...

A Livraria


Ele percorria alguns livros com os olhos, buscando o título que lhe interessava, tão absorvido estava que levou um susto ao ter seu pé atingido por um deles.

Vivo rubor lhe cobriu o rosto quando se abaixou por instinto para pegar o famigerado que lhe havia, não machucado, mas assustado.

Então, se depara com duas mãos delicadas a lhe antecipar a ação, uma voz baixa a pedir-lhe desculpas.

Seus olhos encontram-se agradavelmente deliciado com a cena que se desenrola a sua frente: uma moça, estatura baixa, quase ajoelhada a seus pés, olhos baixos, voz contida, não se sabe ainda se por costume ou por vergonha, a gaguejar-lhe desculpas, explicando atropeladamente entre palavras que é realmente uma desastrada, que não conseguiu conter o livro a tempo de não cair-lhe aos pés, e blá, blá, blá...

Ele nem mesmo ouvia o rosário de desculpas que ela proferia, apenas apreciava a cena, seu lado Dominador tomando corpo com a visão dela ali tão submissa a seus pés.

Seu primeiro impulso foi de dizer-lhe: Acalme-se escrava!!!

Mas dando-se conta de que ela AINDA não lhe pertencia e que aquele não era um local de sessão, apenas ficou ali, observando seus modos.

Foi apenas um momento e ela já se levantava, mas suficiente para mexer com os instintos do Dominador.

Ao encontrar apenas o silêncio ao seu pedido de desculpas, atrapalhado, mas ainda um pedido de desculpas ergue seus olhos encontrando os dele, e sente-se presa, tamanha a intensidade de emoções que vislumbra ali, sem conseguir identifica-los ao certo.

Ficam parados, apenas olhando-se, respiração suspensa por ela, respiração acelerada por ele. Avaliam-se, perdidos em seus próprios devaneios.

Então, o momento passa, alguém pede-lhes passagem e os dois deslocam-se automaticamente do lugar.

Ela repete então o pedido de desculpas, e ele responde que lhe desculpa se ela aceitar tomar um café em sua companhia, pois que o pé ainda dói (mentira branca não conta como mentira, pensa ele).

Dirigem-se ao café e iniciam uma conversa meio formal, falando sobre, óbvio, livros e animam-se descobrindo grande afinidade literária entre ambos.

É quando ele pergunta sobre o livro que lhe caiu aos pés, se havia sido apenas um acidente ou se era um das leituras que ela apreciava.

Ela enrubesce e diz que não conhece muito sobre, mas que tinha "ouvido" falar e com olhos brilhantes pergunta a ele se conhece bem o tema.

Ao que ele abre um sorriso preguiçoso e responde: Sim, minha criança, eu conheço bem o tema, sou um Dominador!

Catarina


Acordou com a boca seca. Uma preguiça danada de levantar, mas olhou através da porta e viu a luz do banheiro acesa. “Droga”, pensou, “podia jurar que tinha apagado”. Podia jurar também que tinha tirado a maquilagem, mas agora já não tinha tanta certeza, os pés tocando o chão frio (“cadê o tapete, merda?), uma pontada do lado direito da cabeça lhe fazendo lembrar que tinha bebido além da conta outra vez. Andou cambaleante pro banheiro pensando no Carlos Alberto, o idiota que a irmã tentou empurrar pra cima dela no Baile de Formatura do sobrinho. Quase deu de cara no batente da porta, mas pelo menos descobriu onde estava o tapete. Carlos Alberto... só podia ser idiota, com esse nome de galã decadente no decadente Baile de Formatura. “Por que o mundo gira tanto, Meu Deus? Que saco!” Esticou a mão pra pegar o papel higiênico e descobriu que não tinha. Arrancou a calcinha e foi embora pra cozinha. Sentiu o resto de urina que escorria pelas pernas e lembrou Dele, que nunca deixava que ela se limpasse depois de mijar... gostava de vê-la andar, um filete do líquido ainda quente escorrendo pela perna. Olhou pro sofá e quase pode vê-lo ali, sentado na penumbra, olhando pra ela como fazia toda vez que ela saía do banheiro. Teve vontade de chorar e se odiou, odiou o vinho barato que fazia a cabeça doer, odiou a irmã, o sobrinho, o Carlos Alberto e a louça na pia. Abriu a geladeira: só uma garrafa vazia. Girou a torneira e enfiou a cara debaixo dela com tanta impaciência que se engasgou; tossia compulsivamente, os olhos cheios d’água... quando se acalmou, deitou a cabeça sobre os pratos, os cabelos em meio aos restos de comida. Sentiu as mãos dele pressionando sua cabeça pra baixo, a água no ouvido e a sua voz baixa e firme: “agora você vai se lembrar de lavar a louça, vadia”... Começou a chorar descontroladamente, o rímel escorrendo num pedaço boiante de batatinha souté. “Por quê? Por quê?” Deu um soco a esmo e viu o sangue brotar na mão... deixou pingar sobre a batatinha com rímel, fazendo um desenho; começou a rir, depois a gargalhar... chorava e ria... Enfiou a mão na água corrente e sentiu arder... queria que doesse, que machucasse mais do que a falta dele. Queria que ele morresse: olharia para aquela cara de cera no velório e desataria a rir... se imaginava pegando uma cadeira pra trepar no caixão, levantando o vestido de bolinha da avó dele que o pervertido fazia ela usar. Marcava numa estação de metrô sempre bem longe da casa dela; tinha que ir de chapéu, luvas, meias 7/8 e uns sapatos menores que os pés... e nunca podia se sentar nem usar a escada rolante. Era sempre em horário de pico, normalmente num calor escaldante, os pés inchando naqueles sapatos horrorosos. Um dia entrou mancando no trem e depois apanhou tanto que perdeu a conta das chicotadas. Iria com o vestido ao velório dele, treparia no caixão e mijaria naquele corpo inerte, naquele pinto inútil, naquela cara cheia de algodão. “Que merda!”, choramingou.

Entrou no chuveiro. Fazia calor, mas girou a chave pra temperatura mais quente e ficou sentindo a carne arder e se avermelhar. Via a medalha de São Judas esfregar entre os seus seios quando ele ficava sobre ela, metendo com força enquanto ela mal sentia as pernas, totalmente abertas e presas nas correntes; às vezes ele a prendia de manhã e só a possuía de tarde. Sumia pela porta e voltava pra fazer suas “experiências”. Às vezes colocava um objeto dentro dela, deixava lá um tempo; numa ocasião depilou-a até o ânus e depois jogou calda de chocolate quente; vendada, sentiu que algo caminhava sobre ela e urinou só pela possibilidade de ser uma aranha... mas o pior era quando sumia e a deixava sozinha por horas sem uma palavra, um som, nada. Se ao menos conseguisse dormir... Por que agora, que queria estar totalmente bêbada, se sentia absolutamente sóbria? Enroscou a faixa do roupão na mão pra estancar o sangue, abiu uma garrafa de gim e foi pra varanda. Ventava um pouco... sentiu frio. Tantas vezes ele meteu nela ali, de pé. Sabia que ela morria de medo de altura, então tinha o cuidado de amordaçá-la antes de debruçá-la na grade, com os braços pendentes, pra meter no seu cu. Alternava estocadas fortes com lambidas suaves nas suas costas... ela sentia tanto medo que gozava alucinadamente. Ficou bebendo ali, nua, tremendo um pouco... o álcool queimando a garganta... Estava amanhecendo. Jogou o resto de bebida sobre os seios e deitou-se na espreguiçadeira, abriu bem as pernas e forçou a garrafa pra dentro... não o gargalo, mas o bojo. Doía tanto, não a garrafa lhe dilacerando, mas a saudade... que ela enfiava ainda com mais força, as lágrimas brotando novamente nos olhos... sentiu uma ânsia de vômito, virou o rosto e viu o jornal jogado ao seu lado, a manchete que havia lido pela manhã, agora com as letras embaralhadas pelas lágrimas dela... “O Bispo...” “... é nomeado Cardeal...” Socou a garrafa com mais força e apagou.

1º Encontro


Conheci meu Dono numa sala de bate-papo e logo na primeira conversa eu já sabia que seria dele.Seu jeito de me envolver com suas palavras e a autoridade que me impunha nelas foi o suficiente para que eu me entregasse, mesmo eu virtualmente e fizesse tudo que ele mandava. Não demorou para que ele me ordenasse que ligasse pra ele. Foi a gota d’água. Eu tinha Dono.
Marcamos nosso primeiro encontro logo para o dia seguinte. Ele me ordenou que eu estivesse de saia e sem calcinha, não imaginam o tesão que me deu enquanto me arrumava. Coloquei um vestido preto, não muito curto, decote discreto, não queria parecer vulgar. Como estava frio coloquei uma jaqueta jeans por cima e lá fui eu com a buceta já molhada para o ponto de ônibus. Conforme eu ia chegando próximo ao local marcado sentia minha buceta cada vez mais molhada e latejando, meu coração disparado, meu corpo todo tremia de tanta ansiedade.
Eu estava atrasada, sabia que ele já estaria lá quando eu chegasse e que seria castigada por isso, mas isso só aumentava meu tesão.
Chegando ao local marcado liguei para avisa-lo e ele disse que como eu demorava ele tinha ido dar uma volta mas que não demoraria. Já tinha descrito como estaria vestida, então seria fácil para ele me reconhecer. Já eu havia visto uma foto dele pela net mas confesso que nenhum rosto ali me era familiar, então só me restava mesmo esperar. Não consegui sentar, estava nervosa demais para ficar parada, andava de um lado para outro olhando tudo em volta, mas acho que estava tão atordoada que não enxergava nada.
Após minutos de espera que para mim pareceram uma eternidade ele chegou por trás de mim, no meu ouvido dizendo:
- Como é ruim esperar por alguém que não se sabe quem é não é mesmo Cadela?
Não sei o que foi mais forte, se o susto ou o alivio, afinal aquela espera torturante havia terminado. Virei-me e ganhei um beijo. Quase desfaleci na hora de alivio e tesão. Comecei me desculpando pelo atraso, aí ele me abraçou e disse:
- Você está perdoada só por causa disso aqui!
Apertou meu corpo contra o dele e me fez sentir seu Pau que estava duro como pedra. Meu corpo tremeu de novo. Foi ai que descobri que há tempos ele me observava de longe vendo minha angustia, e que se divertia com ela. Ele era mesmo um Sádico.
Nem eu nem ele conhecíamos bem o local onde estávamos, mas em sua espera por mim ele descobriu uma sex-shop ali perto. Precisávamos procurar um local onde ele pudesse me “usar” como ele mesmo dizia. No caminho ele ia me abarcando pela cintura e descendo sua mão até minha bunda, acho que para ver se eu atava mesmo sem calcinha como ele havia ordenado. Passamos em frente a tal da sex-shop e resolvemos entrar. Olhamos varias coisas mas o que ele queria mesmo já estava em sua mente. Ele me comprou uma Coleira e lá fomos nós para o Hotel.
Chegando lá ele logo levantou meu vestido para ver que eu estava mesmo sem calcinha e passou a mão na minha buceta, eu já estava entregue.
Mandou-me tirar a roupa, obedeci prontamente. Seus olhos me devoravam e meu tesão aumentava. Já nua ele me mandou tirar suas roupas e pendura-las direitinho para não amassar. Tirei sua camisa e ele disse:
- Cheire, sinta o cheiro do seu Dono Cadela.
Cheirei bem findo sentindo seu perfume, acho que me ver obedecendo assim sem questionamentos o excitou ainda mais pois quando me virei pra guarda a blusa ele me puxou pra seu colo e cai na cama, onde ele me abraçava e passava a mão pelo meu corpo todo, ao ver que meu tesão aumentava me emprurrou e ordenou que eu continuasse a despi-lo. Tirei seus sapatos, suas calças, sempre guardando tudo direitinho, ele só me olhava. Deitou na cama e fui tirar sua cueca. Após tira-la cheirei profundamente como havia feito com sua camisa.
- A cadela aprende direitinho-foi o que ele disse.
Puxou-me e começou a me beijar, fui retribuir o beijo e levei um tapa na cara, com força, eu não esperava.
- Quem disse que você podia me beijar Cadela?
Continuou a me beijar e eu sem poder retribuir.
- Vai pegar sua coleira!!!
Fui sem questionar e trouxe pra ele que a colocou em mim.
- Agora sim você está pronta. O que você é???
- Sou sua Cadela - eu disse.
Agora ele apertava o bico dos meus seios com força, doía muito, meu rosto se contorcia. Me disse pra pedir “Clemência” caso não agüentasse e apertou com mais força, torcia agora, mas agüentei firme, queria mostrar que era forte o suficiente e que merecia ser sua escrava, cadela e submissa, que ele poderia fazer o que quisesse comigo. Ele as vezes soltava e dava tapas em meus seios, petelecos que doíam muito, era uma tortura. Quando se cansou d judiar dos meus seios perguntou:
- Você quer se deitar ao meu lado?
- Sim Senhor.
- Mas não vai, lugar de Cadela é onde?
Eu não soube responder, só o olhava com medo do que estava por vir. E mais um tapa por não ter respondido ardeu em meu rosto.
- Onde é lugar de Cadela? Responda!
- No chão meu Senhor.
- E o que você está esperando? Já pro chão Cadela e beijando meus pés como uma boa cadelinha deve fazer.
Se sentou na cama e me fez deitar no chão. Eu beijava e lambia seus pés como uma cadelinha obediente que eu era.
- Seu celular tira foto cadela?
- Sim Senhor.
- Pegue!
Fui buscar e entreguei a ele, logo deitando novamente e voltando a minha tarefa de cadela. Ele começou a tirar fotos de mim beijando seus pés. Depois começou a pisar em mim. Pisou em meu seio e tirou uma foto assim, onde aparecia meu rosto de dor e isso o satisfazia muito. Tirou foto de mim de coleira também.
Quando cansou de me humilhar me chamou pra cima da cama, se deitou e mandou que eu chupasse seu pau. Mais uma vez não questionei, pois confesso que era essa a minha vontade já há bastante tempo.Ele segurava meu cabelo e empurrava minha cabeça contra seu pau me fazendo engasgar por diversas vezes. Chupei com vontade até ele gozar na minha boca, me ordenando que engolisse tudo. Assim o fiz sem deixar cair uma gota, com medo de mais castigos.
Como recompensa me deixou deitar ao seu lado e me beijou, mas não ousei retribuir dessa vez sabendo que não tinha recebido ordens para beija-lo. Mas a vontade era muita e resolvi pedir. A resposta foi não no começo, mas depois de um tempo ele me deixou beija-lo. Foi a Glória.
Começou a me masturbar, mas como eu estava menstruada nesse dia ele resolveu que já que não podia me usar do jeito que queria iria judiar do meu cuzinho. Molhou um dedo na minha buceta e passou no meu Cu para deixa-lo molhado também e começou a penetrar devagar, primeiro um. Depois dois dedos. Agora metia bem forte. Cada vez mais forte. Eu não agüentei e gozei como nunca.
Depois ainda o chupei mais uma vez e ele gozou denovo na minha boca.
- Agora chega - ele disse, e foi tomar banho.
Fomos embora.
Eu agora tenho “DONO”.

Desejos




Ela era apenas uma iniciante... Nada conhecia sobre o BDSM, era uma curiosa compulsiva, queria saber descobrir, experimentar, mas tinha medo, muito medo, não sabia exatamente o que mais a excitava, se a dominação do ato em si, se a dominação e sadismo em conjunto, tinha um medo tremendo de apanhar, a dor em si não lhe causava prazer, mas a dor aliada ao prazer era algo que queria experimentar. Tudo que lia a fazia fantasiar e desejar cada vez mais vivenciar aquilo, até mesmo para se conhecer melhor.
A dominação no sexo sempre lhe fez delirar, sempre lhe pareceu a melhor escolha, a "disputa" que acontece, o "não quero, vem e toma" era um delírio pra ela.
Mas tinha muito medo de se machucar, não gostaria de viver algo que ainda não tinha condições de definir, queria a loucura, queria a entrega não só pela entrega, mas a entrega pelo poder.
Sempre fora tímida, e não sabia exatamente como colocar em palavras o que desejava, e isso a deixava insegura.
Já havia conversado com alguns Dominadores, mas nenhum deles lhe inspirava a confiança necessária para o que deveria acontecer, alguns não tinham as mesmas fantasias que ela, outros gostariam apenas de uma sessão de sexo mais apimentado, nada disso era o que buscava, o que idealizava, queria mais que sexo dominante, queria a mais, mas não sabia exatamente o que mais.
Até conhecê-lo, todas as fantasias e fetiches, irreveláveis a qualquer pessoa, até a si mesma, eram um emaranhado de contradições.
Então, chega Ele, tão seguro, tão tranquilo, tão Senhor de Si mesmo, e a deixa tão à vontade, que uma relação de cumplicidade, de reconhecimento, de simplicidade se faz.
Conseguem rir e brincar, e ao mesmo tempo, uma aura de erotismo permeia o ar, eletrizando.
Tudo acontece com tanta graça e naturalidade que ela se sente completamente segura em ir adiante, mesmo sabendo-o SÁDICO.
Entre risos e gracejos, Ele lhe diz que tudo acontecerá como até ali, num crescente, e que é isso que deseja dela, a entrega cada vez maior e completa, sem sustos, sem neuras, sem barreiras.
Vão estagiando a níveis cada vez maiores, e quando lhe pergunta qual o limite, Ele responde que nenhum, não há limites para a realização do prazer, e quando Ele não mais souber ensina-la, aprenderão juntos.
Era tudo que ela precisava ouvir.
Então, Ele não esta mais presente, afasta-se, há um imprevisto e ambos distanciam-se.
Quando retorna, não é mais o mesmo, nem ela também.
O tempo, senhor inexorável, agiu em ambos e os colocaram em estradas distintas.
Andam, paralelamente, até que, a estrada novamente se faz uma e encontram-se.
Algo do que tinham ainda este ali, presente, pulsando, querendo vir novamente à tona.
Num primeiro momento, estranham-se, mas em pouco, restabelecem a ligação. A graça e facilidade com que se comunicam esta ali, e o tempo parece apenas um detalhe, um ponto em suspense.
Conversam longo tempo, olhos nos olhos, riem, falam da vida, sem tocar no passado, até que inevitavelmente o assunto vem à baila, falam do tempo que estiveram distante e de tudo que viveram. As pessoas que entraram e saíram de suas vidas e de repente o assunto cai nos momentos que estiveram juntos. Questionam-se a respeito do distanciamento e o que os levaram a ele sem encontrar qualquer motivo agora plausível, e deixam por conta do acaso.
Finalmente percebem o tardar das horas e despedem-se.
Cada um dirige-se a sua casa.
Ela esta deitada em sua cama, pensando, lembrando, quando o telefone toca e a voz dele se faz do outro lado, profunda, rouca, como se um fantasma do passado criasse vida, ela sorri da imagem feita em sua imaginação e volta à época que essa era a última voz a ouvir antes de adormecer, muitas vezes adormecendo com ele ainda na linha a lhe falar.
Ele percebe seu riso e ri também.
Passam os dias e o ritual volta a fazer parte do cotidiano de ambos.
Marcam um encontro. Ela esta nervosa, apesar de se sentir confiante em relação a Ele, esta extremamente nervosa com o que virá. Antes não conseguiram levar adiante a relação, será que agora conseguiriam?
Deixa para pensar em outra ocasião, vai ao encontro dele e deixa que as coisas aconteçam naturalmente.
Ele a leva a um restaurante tranqüilo. Conversam, fazem o pedido, saboreiam a refeição, como se fossem bons amigos, e pensando bem, é só o que são realmente. Claro, se ignorarem a eletricidade que permeia o ar... rs
Ambos dispensam a sobremesa e o café oferecido.
Saem do restaurante e vão caminhando até o carro, ainda conversando sobre o tempo, sobre a cidade, sobre nada, apenas falando, cada um preso a sentimentos e pensamentos que não chegam em palavras, por isso mesmo, apenas falam, para preencher espaço e não caírem na tentação de uma aproximação prematura.
Andam lado a lado, com certo espaço, eletrizado, entre ambos, até que uma mão, acidentalmente toca a do outro, simultaneamente afastam-se, como se tivessem levado um choque.
Estão agora no estacionamento, cada qual com seu carro, ele a acompanha até o dela, pede a chave, abre a porta e quando ela vai entrar, ele se coloca entre o carro e ela, não permitindo a entrada e obrigando-a a olhá-lo nos olhos. E o que ele vê, o faz beija-la repetidas vezes, deslocando seu corpo e prensando o dela contra o carro, corre suas mãos pelo corpo dela, buscando, conhecendo, reconhecendo caminhos tanto queridos.
Segura sua nuca com uma mão e puxa-lhe os cabelos até tê-la totalmente a sua mercê, fazendo-a novamente olha-lo nos olhos, busca seu ouvido e pergunta: Esta pronta?
Ela apenas acena com a cabeça em concordância. Ele então volta-a em direção a porta aberta do carro, empurra-a para dentro e diz: Então me siga!
Vai em direção a seu próprio carro, entra, da à partida e sai.
Ela com as pernas trêmulas, a boca intumescida pelos beijos de há pouco e o coração quase a lhe partir o peito, aciona o carro e o coloca em movimento, ainda temendo não conseguir segui-lo sem provocar um acidente, tal é seu estado.
Chegam, ao que ela imagina ser, a casa dele. Ela estaciona atrás do carro dele e fica por uns minutos dentro do carro, aguardando... O que???
Finalmente desce, vai até a entrada, a porta esta aberta, ela entra, ouve a guitarra poderosa de Jimmy Page & Robert Plant em Since I´ve Been Loving You e ri consigo mesma, lembrando que lhe enviou essa mesma música certa vez.
Vai andando cautelosamente, até que Ele a chama de um sofá num canto meio escuro da sala. Ela se aproxima lentamente. Ele lhe ordena que se ajoelhe em sua frente. Ela o faz. Ele a segura pela nuca novamente, aproxima seu rosto do dela, beija sua boca até deixá-la sem fôlego, lentamente desce o zíper de seu vestido, sem deixar de beijá-la, o vestido vai ao chão, ele levanta-se, levando-a consigo, afasta-se, olha-a demoradamente, chega perto e mais uma vez pergunta: Esta certa de que quer?
Ela passa a língua num gesto automático pelos lábios e responde que sim.
Ele a leva pelas mãos pela casa, até um quarto, uma luz fraca é acesa, mal iluminando o ambiente. Deixa-a em pé no meio do quarto, vai até um canto, volta com uma corda, amarra-a pelos pulsos às costas, várias voltas, passa a corda por entre os braços, trazendo-a a frente, faz um bonito contorno em seus seios, desce desenhando seu corpo com a corda, fazendo contornos e nós alternadamente, até imobilizá-la completamente do tronco pra cima. Tira-lhe a calcinha, alternando os nós mais próximos e em pontos específicos, fazendo com que ela estremeça, seu toque é firme, mas gentil.
Terminado o trabalho com a corda, joga-a a cama, de bruços, com a bunda empinada, o tronco todo imobilizado, preso, agora, às pernas... de repente ela sente uma ardência, antes mesmo de conseguir conciliar o som da palmada ao tapa recebido no bumbum, e em seguida um outro, e outro, e outro. Ela apenas emite um ai ao primeiro, um ui, ao segundo e fica ali, sem saber ao certo como se portar diante do que acontece, o silêncio estabelecido desde a sala até aquele momento é quebrado apenas pelo som dos tapas, um seguido do outro e um ai ou ui entre cada um deles, e lágrimas que deslizam tão silenciosas quanto o espaço que estão, afora a música ainda na sala.
Ele percebe suas lágrimas e intensifica os tapa, dizendo-lhe como a pele esta linda, vermelha, e que as lágrimas completam o efeito maravilhoso. Vem até ela e beija-a a boca. No meio do caminho até sua boca, em qualquer lugar que ela nem imagina onde tenha sido, ele pega um chicote e enquanto a beija e diz quão linda ela esta naquela posição, lhe aplica uma chicotada certeira no bumbum empinado e ela fecha os olhos e engole um grito de dor em meio ao beijo que ele lhe da suspirando em seguida, racionalizando a dor em sua bunda já sensível pelos tapas e agora pelo chicote e a delicia que é beijá-lo.
Entre um beijo e outro Ele venda seus olhos, se afasta. Ela apura os ouvidos para adivinhar-lhe a distancia e o que poderá vir em seguida, sem conseguir, apenas um ou outro movimento, sons que não lhe dizem nada, Ele se aproxima novamente. Ela sente algo gelado nas costas, úmido, em seguida, perde o fôlego e não consegue controlar o grito que escapa de sua garganta. Uma agulha é introduzida em sua pele, acompanhada de mais uma, e mais uma, e mais uma, e ela não faz mais idéia de quantas, até que Ele se afasta e diz com voz orgulhosa: “LINDA!”, pede sua autorização para fotografar para que ela mesma veja o resultado do que seu corpo esta proporcionando em beleza aos olhos dEle. Ela simplesmente ascende com a cabeça em concordância.
Ele esta atento à temperatura das suas mãos e pés, devido às cordas, sempre os tocando. Mais uma vez se afasta e ela pensa com certo humor negro “ainda não estou a ponto de perder meus membros, não vão gangrenar, AINDA”.
Ele volta e dessa vez, os olhos dela derramam lágrimas incontroláveis e ininterruptas, Ele esta cobrindo os espaços entre uma corda e outra, afora o espaço onde estão as agulhas, com cera QUENTE de velas e ela ali, imobilizada, simplesmente se deixa chorar, sabendo que não fará nenhum protesto.
Ele olha pra ela e em voz alta diz novamente: “Simplesmente LINDA!” e ela sente vontade de dizer que não exatamente ela que é linda, mas a obra de arte que Ele contempla que o faz suspirar assim, desconsolada que esta, mas não diz uma palavra.
Mais uma vez tem suas mãos e pés tocados pelas mãos dEle, e tenta segura-la, mas sente a sua mão ardendo, como se mil agulhas estivessem perfurando a pele com o simples movimento de abrir e fecha-la, mais lágrimas de seus olhos e irrita-se consigo mesma pensando: “odeio chorar”, “fungando” alto, de forma nada feminina. Agora que as tais agulhas imagináveis estão percorrendo suas mãos e pés, talvez seja o inicio irreversível de uma gangrena, Ele acha que já é tempo de solta-la, pois começa, calmamente a desfazer os nós. Inadvertidamente e antes que Ele tenha tempo de alertá-la, ela estica os pés, e “funga” mais alto e sentidamente, sentindo-se uma criança em crise, pois que as agulhas percorrem dos pés até o cérebro (com algum exagero, mas não menos dor que isso). Quando Ele chega a seus pulsos, segura o braço na mesma posição, com medo de mexê-los também, se as pernas foram um tormento e até seu cérebro doeu, o que será agora com os braços? Resolve não arriscar. Ele percebe sua reação, ri alto e gostoso, ela funga, ele lhe massageia os pulsos e com muita calma vai trazendo-os de volta a frente do corpo. Isso a agrada... rs
Lentamente Ele a levanta, trazendo-a para si e dizendo em seu ouvido: Adoro tuas lágrimas. Ela simplesmente funga mais alto ainda e desata num choro sentido, sem nem mesmo saber porque, Ele ri e a beija. Ela o envolve com os braços, ainda meio dormentes, ainda meio “pinicando” e fica ali, nos braços dele, abraçada e sentindo-se feliz.
Ele se deixa abraçar, mas não pelo tempo que ela desejaria, em seguida leva-a um canto do quarto e prende seus pulsos em argolas que estão fixas no teto e suas pernas em dois apoios, no chão, distantes suficientes para que ela mantenha-as bem abertas. Em seguida uma mordaça é colocada em sua boca e mais uma vez, lágrimas escorrem por seu rosto. Detesta mordaças!
Seu Senhor continua movimentando-se pra lá e pra cá, sem visão, com a mordaça, ainda sentindo ardência pelas costas e bumbum, ouve aquele som arrepiante, mas sem alternativa alguma, solta um grito com um som estranho por conta da mordaça, mais uma vez o som e mais uma vez as costas que arqueiam com o golpe recebido, duas, três, quatro... Nem conta mais... Sabe ser perda de tempo... De seus olhos as lágrimas continuam descendo, molhando todo seu rosto, que agora também é molhado pela baba que sai da boca...Funga mais alto ainda, tenta conter a saliva, sente-se humilhada, ultrajada, odiando-o com todas as forças do seu ser, até sentir o toque das mãos do seu Dono passeando por onde o chicote, chinelo, e palmadas, passaram antes...
Ele acaricia com desvelo, ela sente seu corpo derreter ante o toque, e por mais incrível que possa parecer, nesse momento o deseja com tanto ímpeto quanto o ódio anterior sentido. Ele continua acariciando, descendo a mão pelas costas, bumbum, e finalmente toca-lhe o sexo e a percebe extremamente molhada. Sua respiração é sentida tão próxima, e sua voz vem rouca e profunda de encontro a seu ouvido: Quer dizer então que as lágrimas também alcançam mais embaixo, minha menina??? Ou será a felicidade que sente em servir-me que a deixa tão molhada? Vadiazinha... Esta gostando, não é???
Em pensamento ela o xinga de todos os nomes possíveis, mas sentindo os dedos dele manipulando seu sexo, geme alto e contorce seu corpo para facilitar o acesso. Então um dedo esta dentro de si,ela simplesmente relaxa e aproveita daquela sensação, em seguida um outro, ela segue gemendo, se contorcendo e delirando de prazer, mais um dedo e ela morde com força a mordaça, seu prazer é tão intenso que seu corpo começa a ter espasmos ocasionais, mais um dedo e ela grita, finalmente mais um e ele realiza um dos seus desejos, um fisting completo e ela que nem acreditava que poderia conseguir, sempre imaginando que precisaria de muitas tentativas antes de atingir o objetivo, e Ele ali, com maestria, dando a ela o que tanto desejara. Seu corpo agora é sacudido por espasmos seguidos, até que ela atinge um orgasmo nunca antes sentido, e finalmente seu corpo fica em pé apenas por estar ainda preso aos grilhões.
Ele solta seus pés, depois suas mãos, e a carrega até a cama.
Ela simplesmente não tem forças nessa hora para manter-se em pé, tal a violência do orgasmo que a atingiu.

O Portão




O dia chegava como sempre nas manhãs de Setembro, a rotina na casa de Diogo também. Levantar às 7:00 h. Um banho, um rápido café e sair para o trabalho, quase sempre atrasado.
Fazia parte da rotina, passar pelo casarão amarelo da rua calma que leva ao trem. Ali, quase sempre, Diogo encontra saindo aquela mulher em seu carro branco, séria, de cabelos presos, olhar profundo, deixando sempre o portão aberto. No casarão, do bairro calmo daquela rua, ela, parecia morar, só, pois, Diogo nunca via ninguém mais com ela, tanto nos jardins como no carro.
No trem, pensava quem seria aquela mulher tão estranha, tão solitária!
Ao voltar encontrou uma diferença, a casa, pela primeira vez, mostrava luzes no andar superior e, o carro desta vez estava do lado de fora da garagem. Diogo não deu muita atenção e se dirigiu para casa, ao chegar, encontrou sua irmã na cozinha.
- Boa Noite Sandra!
- Oi, Diogo, que surpresa, você por aqui hoje!
- Realmente, quase não nos víamos à noite não é?
- Quer um café, acabei de fazer?
- Sim!... E quero aproveitar para te fazer uma pergunta!
- Estou as ordens mano, qual é o problema?
- Você já viu aquela mulher do casarão amarelo?
- Só uma vez, acho! Porquê?
- Nada, apenas achei que você a conhecesse!
- Lembro que ela estava com o carro parado e passava para o banco traseiro uma espécie de chicote!...Só o que eu vi, é o que sei dela!
- Um chicote?
- Exatamente, chamou minha atenção, pois era muito bonito, todo preto e lustroso!
- Para que ela teria um chicote no carro?
- Sei lá, talvez para domar um leão por aí!
- Leão?
- Pode ser, um artesanato qualquer, Diogo, nada de especial!

Mais tarde, Diogo pensou muito no que sua irmã havia dito, mas, não achava explicações e como mais curioso ficava, resolveu coincidir o mais possível seus horários com os da saída dela, pelo portão onde ela sempre saia com o carro. Mas o resultado não estava sendo muito bom, o máximo que conseguia, era um rápido olhar, pois sempre que tinha a oportunidade de vê-la de nada adiantava, pois, ela nunca parava para fechar o portão.
Semanas mais tarde, num sábado, foi então surpreendido ao ver então algo novo acontecer. Um carro estranho, passa pelo portão em direção a casa.
Na porta central da casa, desce um homem, ele para e aguarda até entrar. O carro fica ali e Diogo então pensa em sair, mas resolve aguardar.
A noite estava chegando, e várias perguntas passavam na cabeça de Diogo: Quem seria? Um namorado? Um parente? Como estava disposto a xeretar a vida da mulher, desistiu de sair dali.
Minutos depois, já inquieto não resistindo mais, resolveu invadir a propriedade furtivamente. Ao passar por vários arbustos, chegou até uma das paredes laterais da casa, onde se colocou de costas para escutar.
Ao notar vozes ao fundo numa das janelas, fui cautelosamente até essa janela. Foi então que se surpreendeu com o que passou a ouvir.
A mulher insultava e xingava alguém lá dentro e, esse alguém, só podia ser o homem que, havia entrado lá, pensou Diogo. Repetidos estalos eram ouvidos também e ela, continuava a falar em voz alta e de forma autoritária.
Diogo não entendendo nada, virou-se de frente para a janela procurando uma forma de ver, o que estava ocorrendo. Uma pequena fresta, na veneziana então possibilitou que algo pudesse ser visto. Quando Diogo se deparou com a primeira imagem, não creditou no que estava vendo.
O homem estava totalmente nu, algemado com as mãos para trás, ajoelhado, voltado com o rosto junto ao chão apanhava continuamente daquela mulher. A mulher também, quase nua, andava em torno dele apenas vestindo um casacão preto, com botas e corpete também preto, deixando os seios nus e sem a calcinha.
Nas mãos, trazia, na direita, um relho, que não cansava de bater na bunda do coitado, e na outra, uma correia com correntes. Mesmo incrédulo, entendeu o que tanto ele lambia no chão. Ela por sua vez voltou a falar muito:
- Você está fazendo de propósito não é seu cachorro?
- Mandei você lamber direito, você é surdo seu animal?
- Se não, deixasse pingar pelo chão todo, não ia sofrer tanto. Mas, não sabe se quer tomar o meu xixi direito!
- Vamos rápido, não tenho a noite toda pra você!
- Vamos, aqui também...Ali...

Lá fora, Diogo tremia cada vez que ela levantava o relho e açoitava as nádegas e coxas do homem que, se contorcia, mesmo, fazendo tudo o que ela mandava. Logo, ela pisou no pescoço dele e por várias vezes bateu, bateu até ele cair de lado no chão.
Ao sair, pegou a calcinha e maldosamente apertou próximo ao chão, fazendo cair novas gotas de urina aqui e ali e novamente o chamou.
- Tu gosta de apanhar mesmo, não é?
- Olha aqui seu canalha está cheio de xixi aqui!
- O que tu estás fazendo, que não limpou isso direito? Vem aqui de uma vez!
- Vai apanhar, até eu não ver mais uma gotinha!
- Vamos lambe tudo. Rápido!

Diogo pensava: que maldade! Ele já havia limpado tudo e, ela sé pelo prazer de bater nele, derramou mais! Ele, por sua vez, continuou a lamber o chão, catando gota a gota, até que, levantou a cabeça ao fazer isso ela deu-lhe uma bofetada dizendo:
- Quem mandou levantar?
- Perdão Senhora, é que está doendo muito!
- Você acha que esse brinquedinho dói?
- Não seja ridículo, lá no salão sim, você vai sentir dor... o que é dor!
- Vamos, continua limpando isso direito, pois, logo, logo. Você vai lá pra cima!
- Sim Senhora!
Diogo já excitado, mas, paralisado de medo, olhava para a mulher semi nua trazendo novamente a calcinha na mão, balançando-a no rosto do homem, abriu as pernas na altura de sua boca, onde deu uma ordem!
- Olhe pra mim...Está vendo bem o que tenho pra você?
- Quero que ponha a língua, veja bem. Só a língua! Bem aqui, e bem gostoso!
- Bem gostoso, e com muito jeitinho, como te ensinei!
- Bom, muito bom, continua...isso...!
- Mais um pouquinho não me desaponte agora vai...!
- Muito bem, chega! Isso foi um pequeno recreio meu cachorrinho!
- Agora, vai terminar com o restinho que ficou na minha calcinha.
- Abre a boca! Isso...suga direitinho e fica com ela até eu resolver tirá-la!
- Outra coisa, já está novamente esquecendo, que eu não gosto, que fique excitado na minha frente!
- Vai logo baixando este pinto inútil, senão vai perdê-lo.
- Agora vai lá pra cima, bem quietinho e de joelhos!
- Quando eu subir não quero te ver mais assim! Senão vai se arrepender de ter um pinto!
Ao se afastarem na sala, Diogo sentou-se para descansar enquanto pensado no que fazer, ia embora ou, ficar até o final daquela loucura? Por outro lado, se notava excitado, mas não aceitava o fato de estar assim. E isso o deixava mais perturbado ainda.
Afastando-se da casa, esperou para ver onde as luzes se mostraram. Feito isso, procurou então uma maneira de subir até lá. A escada que esperava encontrar estava pendurada numa parreira, ao pegar notou dois degraus quebrados mas tinha de servir, pensou!
Escolheu então, uma das três janelas que estavam iluminadas e subiu. Lá, devido a sacada de cada janela, podia ficar mais a vontade e descobriu que a janela não estava fechada, proporcionando uma visão vertical fina, mas eficiente para o propósito.
Eis que, a primeira imagem foi a do pobre homem quase de costas pra a janela, sendo, algemado em forma de y deixando de pé. Suas nádegas estavam bastante machucadas das chicotadas que havia recebido lá em baixo. Ela estava sem o casacão e encantadora ao caminhar nua praticamente.
Diogo não tirava os olhos dela, e ofegante ao vê-la agora sem a calcinha deixando, quando de costas, transparecer tão belas nádegas. Mal reparou no ambiente cercado de instrumentos de tortura, corrente, chicotes, cangas, e uma infinidade de objetos aterrorizantes, um verdadeiro arsenal digno de inquisição.
E foi seguindo com os olhos as nádegas da mulher. E de repente, viu quando ela foi até uma das paredes, onde deslizou a mão por várias e esquisitas varas, penduradas por um prego. Escolheu uma. Depois escolheu um longo chicote que parecia ter uns bons três metros, trazendo-o até ele.
Deixou o chicote no balcão, e veio até ele apenas com a vara, e com ela ergueu o queixo dele perguntando se estava confortável, e continuou com mais perguntas:
- Chegou a hora de continuarmos a nossa conversinha, não é?
- Pode cuspir agora essa calcinha, já deve estar toda babada mesmo!
- Sabe porque está aqui hoje?
Ele respondeu:
- Sim Senhora!
- Que bom, então não preciso repetir?
- Não Senhora.
- Sabe também que tipo de coisas vai acontecer contigo?
- Não Senhora, eu imagino Senhora, apenas imagino!
- Imagina mesmo? Tenho minhas dúvidas!

Diogo, transpirando, viu quando ela deu início a uma humilhante cena. Ela passou a colocar a vara rente ao ânus do homem, futricando num sobe e desce, parando as vezes no orifício anal.
- Está gostando? É bom sentir a varinha aí?
- Te dá tesão sentir ela roçando na tua bundinha?
- Ou você prefere algo mais devastador?
- Te fiz uma pergunta, seu cachorro!
- Não, Senhora, por favor não faça isso comigo!
- Relaxe, não vou correr o risco de você gostar.
- E hoje você está aqui só para ser punido, e muito!

Sem falar nada, ela curvou-se dando-lhe uma varada com toda a força na sua bunda, que imediatamente deixou um risco escuro, quase sangrando. O que fez o coitado gritar. Diogo não imaginava que aquela estranha vara pudesse ser tão cruel com a carne, deixando uma marca tão forte!
- Assim é mais gostoso, seu Jarbas?
- Sim... Sim, Senhora!
- Então posso repetir... umas quarenta vezes?
- Não, por favor... quarenta não!
- Bem, e sobre esse seu pinto sujo, o que você me prometeu na última vez?
- Eu sei, Senhora, mas é difícil, eu não consigo!
- Não sei mais o que fazer contigo. Acho que só colocando aquele arreio de espinhos vai manter esse pinto no lugar, ou vou baixá-los a chicotadas, o que você acha?
- Por favor, Senhora. Não chicoteie o meu pinto! Ponha os espinhos então, por favor!
- Agora cala essa boca e segura a minha vara, enquanto vou providenciar uma coisinha pra você.

Diogo não agüentava mais ver o quanto suportava aquele homem, mas iria ter que agüentar, pois ela estava disposta a continuar ainda batendo nele. Como ele agüentava tudo quieto?
Desta vez ela queria os pés dele, pois estava amarrando-os e iniciou a suspendê-los para trás através de uma corda presa no teto que, ao comando de uma catraca, ia levantando ele lentamente. Os pés do homem então estavam com a planta para cima, voltadas para ela. Então ela volta retirando a vara da boca dele sorrindo:
- Sabia que suas patinhas são bem branquinhas, mas logo, logo, vão mudar de cor?
- Já apanhou aqui, cachorrinho?
- Você não imagina o desespero que causa esse tipo de dor! É diferente, esta dor educa, pós gradua o corpo, enobrece a própria dor!
- Depois dela, será um novo homem!

Diogo, nulo de ação, fechou os olhos ao vê-la dar a primeira e violenta varada. Ele urrou desesperadamente, se erguendo ao tentar fugir. Com a vara sobre os ombros, aguardava ele se recompor. Logo aplicou o segundo golpe, tão ou mais violento do que o primeiro.
Aquele ritual foi rigorosamente seguido da mesma forma até a oitava e última varada. Ele continuava gemendo, contraindo-se em desespero, à procura de fôlego para não desmaiar. Ela, calmamente parou em sua frente dizendo:
- O que houve? Não vá desmaiar agora!
- Justamente na melhor parte, seria um desperdício!
- Eu não tenho idéia da dor que você está sentindo, mas deve ser imensa, pois você está branco como cera, deve ter sido a minha eficiência!
- Respire cachorrinho, pois o meu show ainda não acabou!
- Que pena que você não possa ver os lindos desenhos que deixei em suas patinhas!
- Viu como sai caro ficar excitado na minha frente?
- Já descansou? Posso ir para o próximo castigo?
- Mas Senhora!
- Como assim? Esqueceu do chicote? Ele ainda não foi usado, e faz parte do que você ainda me deve!
- O portão, Senhora!
- Exatamente, você sabia que iria apanhar por não fechar o maldito portão!
- Por favor, Senhora, eu achei...
- Cala essa boca! Eu avisei que, se ao vir aqui, você não fechasse o portão, iria pagar caro!
- Quero fechar a minha noite com chave de ouro, botar toda a minha tesão pra fora, rasgando as suas costas com o meu chicote predileto!
- Outra coisa, hoje você não vai se preocupar em contá-las, eu mesma cuidarei disso.
- Porém, meu caro... Não espere menos de vinte, pois vou me concentrar na qualidade, e não na quantidade!

Diogo não acreditava que o pobre ainda iria apanhar mais, como podia ser tão cruel aquela mulher, mesmo ali, tão bela, tão nua, podia ser assim, tão sádica? Ela foi até o balcão onde estava o chicote e caminhou para o fundo da sala, desenrolando-o procurou a distância certa. Logo puxou para trás e açoitou-lhe pela primeira vez. O homem soltou um grito curto, jogando a cabeça para trás.
O assovio do segundo golpe foi rápido e invisível como o primeiro. Nas costas dele já ficavam dois riscos brilhantes de sangue que vertia aos poucos. Mais uma chicotada estalava nas costas do pobre, que pendurado mal podia se esquivar.
Outra e outra, iam se depositando riscos desencontrados, criando desenhos horríveis em suas costas. A cada chicotada que ela ia aplicando, mudava a posição do braço, por sobre a cabeça, lateralmente, se abaixando, sempre criando uma nova maneira de atingir o chicote na pele.
O coitado já estava totalmente esfolado, mas ela não parecia querer acabar com aquilo. Seus gemidos já eram constantes, seu corpo tremia de dor e o sangue também aparecia bem mais do que no início.
Logo Diogo notou que ela agora açoitava também as nádegas e as coxas já machucadas da outra surra anterior. E ali, também fez golpe a golpe renascer o sangue que não havia ainda saído da pele. Então, por um momento parou por alguns segundos se aproximando dele, observou de perto e voltou dando-lhe mais três chicotadas, parando então.
Logo deu início ao trabalho de retirá-lo dali, que pendurado já não deixava ouvir os gemidos e quase imóvel, parecendo um pendulo, foi cautelosamente colocado no chão. Ao lado dele ainda estava o chicote, que tantos ferimentos lhe havia causado.
Em pé, ao lado dele, encostou uma das pernas, levando até a boca dele a ponta da bota, dizendo:
- Beije minhas botas!
- Está sem força, meu cãozinho?

Ele passou a lamber e beijar as botas dela com dificuldade. O fazia inclusive na sola e na ponta do salto. Nesse momento, ela se abaixa levando a mão até o seu pinto e passa a acariciá-lo carinhosamente. Não demora muito e ele solta um gemido, desta vez não de dor, mas de prazer, ao ejacular como um animal liberto.
Ela levanta sorrindo e vai até o balcão onde pega duas pequenas toalhas, com uma limpa suas mãos sujas de esperma, a outra dá a ele dizendo:
- Não tome isso como um prêmio, mas como uma pequena gentileza da tua Dona.
- Obrigado, Senhora. Muito obrigado mesmo! Eu nem merecia.
- Muito bem, deixe-me ajudá-lo a levantar. Vai ter que se apoiar em mim, pois seus pés estão muito machucados.
- Terá que caminhar sobre os calcanhares, será menos doloroso. Vamos descer, vou ajudá-lo a se vestir e levá-lo em casa, você não vai poder dirigir assim.

Lá fora, Diogo já cansado resolve sair logo dali. Recolhe a escada e sai rápido. Ao chegar em casa, vê que o tempo havia passado rápido, tinha ficado lá por mais de três horas. Como já era muito tarde, tentou dormir... tentou...

Finalmente a segunda feira chega, e Diogo aflito sai para o trabalho com a expectativa de ver a mulher. Parecendo combinado, lá estava o carro dela descendo a rampa do jardim. Diogo dá a preferência pra ela no portão, e ela surpreendentemente o cumprimenta, ao passar o carro por ele. Ele nota sua saia puxada pra cima, que abrilhantava ainda mais suas belas coxas. Vê também o chicote que sua irmã havia comentado, era realmente bonito, mas não menos doloroso. Parecia estar ali de propósito, para ser visto e almejado. Eis que, repentinamente, ela para o carro chamando Diogo:
- Oi! Você me faria uma gentileza?
- Sim, pode falar, Senhora.
- Você não se importa de puxar o portão pra mim?
- O portão? Sim... Claro... Pode deixar!
- Qual seu nome?
- Diogo.
- Obrigada, Diogo. Vou ficar lhe devendo essa!
- Que isso! Não é nada!
- Bem... Então tchau!
- Tchau!

Ao caminhar, Diogo pensava, incrédulo, sobre o portão que sempre ficou aberto. E pelo qual tanto apanhou aquele homem, e agora, justamente ele o fecha. E por outro lado, lá ia aquela mulher, levando o nome dele e sem deixar ele saber o dela. Para Diogo, poderia estar ali uma porta se abrindo. Poderia.
Mas, com certeza, do portão ele não esqueceria.